Amizades com Brasileiros(as) na Suécia.
Olá, Pessoal lindas!
Assunto delicado hoje, hein? Mais importante.
Um pouco polêmico? Talvez.
Vai depender do quanto a sua mente está aberta para pensar.
Vim
aqui falar um pouco sobre esse assunto, pois pra mim é no mínimo muito curioso e eu gostaria de ter tido o conhecimento sobre ele antes de
chegar aqui.
Vim falar sobre fazer amizades com brasileiros(as) aqui na Suécia, mas acho que serve também para todo o exterior.
Lembrando que tudo o que eu vou escrever agora é só uma opinião minha, baseada na minha experiência e nada mais que isso. Meu
objetivo não é diminuir ninguém, muito menos ofender. Eu quis fazer
esse post como um alerta. Nada mais.
Quando
eu cheguei aqui na Suécia, como turista em outubro de 2012, eu não
cheguei a conhecer brasileiros, meu foco estava no mais importante, estar mais com o meu namorado, hoje
marido, e com os familiares e amigos dele, ver como era a vida dele
aqui, mas eu já tinha o conhecimento que a comunidade brasileira na cidade era/é grande.
Isso me trouxe muita alegria, saber que tinha tantos brasileiros na cidade que eu pretendia morar, fez com que eu não me sentisse tão sozinha.
Meus pensamentos foram exatamente esses, não me sentir sozinha, vou poder trocar informacões, fazer novas amizades.
Somente pensamentos positivos.
Somente pensamentos positivos.
Bem, não foi bem assim...
Eu fui bastante ingênua, mas calma que tudo tem uma explicacão.
Meu
visto demorou muito pra sair e quando ele saiu, meu coração se encheu de
felicidade e alegria e eu só pensava coisas positivas para minha nova
vida na Suécia.
Insegura?
Eu estava e muito, mas ao mesmo tempo com muita esperança. Pedindo a
Deus pra tudo dar certo, pois era uma mudança muito radical de vida.
Quando
cheguei aqui, conheci algumas brasileiras no SFI, só faziam 4 meses que
eu estava morando na Suécia, pois esse foi o tempo que demorou para eu
receber a autorização para iniciar no curso de Sueco.
Conheci
uma brasileira, que me levou até outra brasileira, que daqui a pouco
conheci praticamente toda a comunidade brasileira daqui.
Todos
os tipos de brasileiros(as), de norte ao sul do Brasil.
Pessoas com nível superior, pessoas sem instrução nenhuma.
Pessoas com nível superior, pessoas sem instrução nenhuma.
Brasileiros com boas condições financeiras no Brasil e brasileiros sem condições financeira alguma, como eu.
Conheci
brasileiras que vieram junto com o marido brasileiro transferido de alguma empresa do
Brasil e brasileiras casadas com suecos.
Brasileiras super engajadas em aprender a língua, trabalhar e fazer parte da sociedade sueca e outras nem tanto.
Em
primeiro momento fui muito bem recebida e aos poucos fui conhecendo um
pouco da história de cada pessoa, como também fui contando
sobre a minha vida.
Mais
com o passar do tempo, fui percebendo muita negatividade nesse grupo, muitas
críticas com relação a Suécia. Nada funcionava direito aqui,mas eu não falava nada, porque eu era muito nova no pedaço.
Qualquer coisa era motivo de reclamação,pequenas e bobas coisas.
As
vezes ficava me perguntando o que elas estavam fazendo aqui, se estavam tão insatisfeitas, mas
vai que as reclamações delas tivessem sentido? Então naquele momento, eu
preferi só ouvir.
Toda
aquela negatividade sobre o país, me deixava bem triste e uma das
coisas que eu menos precisava no momento era ficar triste, pois eu tinha
chegado a pouco tempo e sentia muita saudade da minha família e dos
meus amigos. Da minha antiga vida no geral, da minha independência financeira, mas eu sabia que tudo isso fazia parte da minha adaptacão, então eu
aguentei firme.
Muitas
vezes desabafei com algumas dessas pessoas, sobre como estava me
sentindo e recebi algum consolo, mas depois ficava sabendo que todo
mundo sabia sobre meu desabafo e ficava chateada.
Eu ouvia muito que o idioma era muito difícil de aprender e que emprego não era fácil de conseguir.
Mais
mesmo assim continuei estudando e me esforçando, mas a cada passo que
eu dava pra frente, sentia muita disputa e inveja.
Comecei a não gostar de estar naquele grupo.
Chegava em casa sempre muito carregada de energia negativa.
Eu
ouvia muita fofoca, muita intriga por coisas bobas que poderiam ser resolvidas em dois segundos.
Fui
me afastando aos poucos, segui minha
vida, mas a vontade era de jogar todas as fofocas, de amigas fiéis de anos, no
ventilador rsrs, mas se eu fizesse isso, eu não seria diferente de nenhuma
delas.
Ouvi muitas coisas que não queria ter escutado.
Infelizmente
confiei em pessoas que não deveria ter confiado e me decepcionei
muito, amargamente. Me abri para pessoas que eu mal conhecia só por empolgacão ou por me sentir sozinha no início.
Mais a vida está ai pra isso, para nos ensinar.
Não quero mesmo que vocês passem pelo mesmo.
Mais a vida está ai pra isso, para nos ensinar.
Não quero mesmo que vocês passem pelo mesmo.
E sabem de uma coisa? A melhor coisa que eu fiz na vida, foi me afastar desse grupo. Minha vida melhorou muito depois que eu resolvi deixar esse grupo.
Minha vida aqui deu um salto muito positivo.
Foi a época que eu mais aprendi sueco na vida e a época que as coisas realmente começaram a andar na minha vida aqui e a época que eu mais me abri para outras amizades.
O que eu acho que aconteceu, foi que eu não consegui me adaptar ao grupo e está tudo bem.
Esse grupo já está formado a vários anos e já tem a sua maneira de funcionar. Não consegui me adaptar a esse clima de fraternidade quando estamos todas juntas, mas que ao viramos as costas, a fofoca rola solta.
Eu também não sou obrigada a participar de algo que eu não me identifico só pelo fato de ser brasileira ou para agradar os outros.
Esse grupo já está formado a vários anos e já tem a sua maneira de funcionar. Não consegui me adaptar a esse clima de fraternidade quando estamos todas juntas, mas que ao viramos as costas, a fofoca rola solta.
Eu também não sou obrigada a participar de algo que eu não me identifico só pelo fato de ser brasileira ou para agradar os outros.
Porque eu tô falando tudo isso?
Porque acho importante alertar vocês que estão chegando agora ou para os que tem pouco tempo aqui na Suécia.
Gente, vão com calma.
Eu
sei que a gente fica muito empolgado no começo, meio perdido com a
mudança de vida, mas não saiam falando da vida de vocês para pessoas que
vocês não conhecem, só porque também são brasileiros.
Para saber se uma amizade é realmente verdadeira requer tempo.
Nem todas as pessoas que conhecemos no Brasil são boas, não é mesmo? Aqui não é diferente.
Isso também se aplica aos gringos, existem pessoas boas e más em todo o mundo e de qualquer nacionalidade.
Nem todas as pessoas que conhecemos no Brasil são boas, não é mesmo? Aqui não é diferente.
Isso também se aplica aos gringos, existem pessoas boas e más em todo o mundo e de qualquer nacionalidade.
Muitos
querem saber da sua vida para saber o que você tem, distorcem fatos, se
aproximam única e exclusivamente para obter vantagens, mentem, podem ser falsos, hipócritas e trapaceiros. Corram
dos "sabe tudo" e dos contadores de vantagens.
Muito cuidado.
Uma coisa importante também a se dizer é: NENHUM BRASILEIRO SÓ PORQUE É BRASILEIRO TEM OBRIGACÃO DE TE AJUDAR.
Tá precisando de ajuda? Paga por ela, para não ficar devendo favor pra ninguém. #superdica
Lógico que vocês também vão encontrar pessoas legais com quem talvez vocês queiram ter amizade para o resto de suas vidas.
Pode
acontecer SIM, mas até isso acontecer, esperem. Não vá com sede ao pote.
Não force amizade, deixem as coisas fluírem naturalmente e vejam se vale a
pena.
Quero
muito acreditar que eu dei muito azar aqui onde moro e
que em outros lugares da Suécia, talvez exista grupos de brasileiros
unidos e que se ajudam e se apoiam.
Quero muito mesmo acreditar nisso.
E
sim gente, encontrei algumas pessoas legais aqui na Suécia sim.
Brasileiros e Brasileiras, com quem tenho pouco contato, mas que parecem
ser pessoas legais.
Mais eu prefiro mesmo, por escolha própria, me manter mais reservada. Não vou negar, fiquei bem traumatizada. rs Essa é a forma que eu me protejo.
Consegui
fazer outras amizades aqui com suecos, latinos, entre outros, que já
suprem bastante a minha necessidade social, que não é grande e eu estou bem satisfeita com
elas no momento, mas também iniciei todas essas amizades com muito
cuidado.
Posso vir até a conhecer outros brasileiros(as) e me dar bem no futuro, não sei se estou preparada/aberta para isso no momento, mas acredito que aprendi bem a licão. Se vier um dia a conhecer alguém, vou com bastante cautela.
Posso vir até a conhecer outros brasileiros(as) e me dar bem no futuro, não sei se estou preparada/aberta para isso no momento, mas acredito que aprendi bem a licão. Se vier um dia a conhecer alguém, vou com bastante cautela.
E
esses cuidados que eu citei, servem na verdade para qualquer
nacionalidade, não só brasileiros, mas no meu post quis mostrar mais sobre a minha
experiência com brasileiros.
E
se vocês quiserem saber mais sobre o assunto acessem o Youtube e
digitem na busca: "Amizade com brasileiros no exterior" que vocês vão
encontrar diversos vídeos com as experiências das mais variadas.
Bem, vou ficando por aqui.
Espero não ser mal interpretada, mas se for também, paciência.
Essa é a minha opinião e é um alerta também, com o intuito somente de ajudar.
E se você participa de bons grupos de brasileiros aqui na Suécia, deixe o seu comentário.
Espero do fundo do coracão que vocês tenham mais sorte que eu!
Esse foi o meu relato e espero que ele possa ajudar alguém.
E se você participa de bons grupos de brasileiros aqui na Suécia, deixe o seu comentário.
Espero do fundo do coracão que vocês tenham mais sorte que eu!
Esse foi o meu relato e espero que ele possa ajudar alguém.
Beijos pessoas lindas e até a próxima.
Olá! Que interessante o seu blog. Moro aqui há muitos anos(Estocolmo). Sou do Paraná.
ResponderExcluirEspero que continue atualizando.
Olá, Eliane.
ExcluirMuito obrigada pelo elogio.
Seja bem-vinda a família "Suécia, Queridos!"
/Rafaela